Quando falamos de meditação logo vem a nossa cabeça imagens dos mestres budistas, a posição que, normalmente, se utiliza para a realização da prática, assim como o pensamento de que meditar é ficar parado sem pensar em nada. Na verdade, meditação vai muito além disso, pois é um processo que precisa de concentração, postura e silêncio. Um momento onde você esvazia sua mente e foca em um objeto, atividade, pessoa, pensamento...para entrar em um estado de expansão e presença. Inclusive, existem técnicas meditativas que podemos experienciar ao longo de nosso dia, quando estamos presentes no aqui e agora, por exemplo, no ambiente em que estamos e nas sensações do nosso corpo.
A palavra “meditar” surgiu do latin “meditatum”, que quer dizer “ponderar”, mas o significado mais comum que vemos é o que vem também do latim “meditare” e significa “estar em seu centro”, “voltar-se para o centro”.
Meditar pode ser uma ótima maneira para você lidar com o estresse e ansiedade de seu dia-a-dia, onde acabamos por enfrentar climas que podem influenciar-nos negativamente. A meditação traz uma forma mais leve de relacionar-mos com o mundo.
A existência desta técnica de relaxamento, como já sabemos, é ancestral e com raízes na sociedade oriental.
A sua concepção apresenta ênfases diferentes. Enquanto no Oriente meditar é sinônimo de busca espiritual, no Ocidente, em especial nas pesquisas científicas, a palavra meditação tem sido utilizada para descrever práticas auto-regulatórias do corpo e da mente. A investigação científica da meditação parte da premissa que, embora existam diversas técnicas, todas têm uma característica fundamental comum: o controle da atenção (Cahn & Polich, 2006; Goleman, 1988).
De acordo com o livro “Do Xamanismo à Ciência – Uma História da Meditação”por Williard Johnson.
Podemos dizer que há cerca de 800.000 anos, com a descoberta do fogo, é possível que nossos ancestrais tenham tido as primeiras experiências de estado alterado da consciência, ou seja, de êxtase. Ao passar longas horas olhando as chamas é provável que os demais sentidos fossem suprimidos e houvesse um afastamento da consciência do padrão de luta-fuga em direção a um estado mais calmo de repouso ao invés de ansiedade.
Essas práticas chamadas de protomeditativas também aconteciam provavelmente com os caçadores primitivos, pois naquela época eles contavam com armas muito rudimentares para caçar e precisavam chegar bem próximo das suas presas. Para isso era necessário manter o corpo praticamente imóvel, integrado à natureza e varrer da mente os pensamentos ansiosos. Através desta autodisciplina é provável que eles atingissem um estado meditativo de maneira espontânea.
Os primeiros relatos escritos de um estado meditativo voluntariamente provocado são vistos na Índia de 1.500-1.000 aC no Rig Veda. Mas foi só em 300aC, na China, através de escritos dos Mestres Lao e Chuang que começamos a ver a descrição de um uso sistemático das disciplinas meditativas.
Embora na cultura oriental haja mais registros sobre a prática e ela seja ensinada com uma frequência maior. Na cultura Ocidental vemos a prática da meditação em várias tradições, na Cabala, no Judaísmo e rituais cristãos.
A meditação começa a ser objeto de estudo cientifico a partir da década de 1950. Em 1968, surge uma grande tendência no Ocidente através da Meditação Transcendental.
Em 1970, o pesquisador Robert K. Wallace apresentou as primeiras pesquisas sobre as respostas fisiológicas do relaxamento. Em 1979, foi criado no Ocidente, pelo pesquisador norte-americano John Kabat-Zinn, o programa de meditação chamado Mindfulness-Based Stress Reduction (MBSR), ou Redução de Estresse baseada em Plena Atenção, voltado para a redução de estresse e dor crônica.
Esse programa de meditação vem diretamente da raiz das meditações Vipassana e Zen e foi criado com o objetivo de integrar a filosofia budista antiga com a prática psicológica e médica atual. Hoje em dia, há grande interesse na ciência em estudar essas práticas para o auxílio no tratamento de diversas doenças, como fibromialgia, dores crônicas, estresse, ansiedade, entre outras.
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